24 de julho de 2013

Rodoviários de Porto Alegre prometem operação-padrão para esta quinta-feira


Em dois períodos, ônibus devem circular a 30 km/h em protesto contra multas a motoristas

Trabalhadores dissidentes do sindicato dos rodoviários de Porto Alegre devem realizar operação-padrão em dois períodos desta quinta-feira. Nos intervalos das 7h às 9h e das 17h às 19h, parte dos ônibus devem circular pela Capital com até metade da velocidade máxima permitida, 60 km/h.

A mobilização é uma alusão ao Dia dos Motoristas, lembrado nesta quinta, e uma manifestação contra multas aplicadas, devido ao excesso de velocidade, pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) aos motoristas. De acordo com o representante dos dissidentes do sindicato, Alceu Weber, as empresas de ônibus obrigam motoristas a cumprir tabelas de horários que não levam em conta a lentidão no trânsito e o tempo de permanência em sinaleiras fechadas, por exemplo. A mobilização reivindica que a EPTC notifique as empresas e não os condutores.
— Em vez de aplicar a multa para a empresa, que não estipula horários adequados, a EPTC multa os motoristas, porque é mais simples. Assim, o motorista trabalha com pressão de todos os lados. Do passageiro, pelo atraso no ônibus. Da empresa, pela obrigação com os horários estipulados. E da legislação, pelo tráfego dentro da velocidade permitida — afirma Weber.
SINDICATO
O diretor de divulgação e propaganda do sindicato, Emerson Dutra, considera o ato programado para esta quinta-feira uma manobra eleitoral. Segundo ele, o sindicato é "completamente contrário a essa ação feita por pessoas que não tem legitimidade alguma".
EPTC
A empresa pública estuda ações possíveis para reduzir os impactos causados pela mobilização.
EMPRESAS
A Associação dos Transportadores de Passageiros de Porto Alegre (ATP) disse, por meio da assessoria de imprensa, que as empresas não estão prevendo mudanças nas saídas dos ônibus. Não há, também, uma previsão de quantos motoristas vão aderir à manifestação.
ADESÃO

Enquanto os dissidentes acreditam que praticamente toda a categoria vá aderir à operação, o sindicato afirma que o número será reduzido — na noite de ontem, a estimativa era de menos de 15 pessoas.

fonte: zero hora

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