23 de outubro de 2013

Saídas de ônibus da rodoviária de Porto Alegre são suspensas

Para Metroplan, má gestão dos recursos hídricos teria ocasionado alagamento


COMPARTILHE:

Amilton Belmonte Frota extra

Porto Alegre  - A Associação Riograndense de Transporte Intermunicipal (RTI), responsável por dois terços da frota e dos passageiros transportados no sistema intermunicipal de linhas regulares no Estado, suspendeu por volta das 9 horas desta quarta-feira a saída de ônibus da Rodoviária de Porto Alegre em direção ao Vale do Sinos. Sem enumerar quantas linhas ou o total de coletivos, a entidade, por meio de sua assessoria de imprensa, destacou que a medida foi tomada em parceria com a fiscalização do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) e que a retomada dos serviços só acontecerá com a normalidade do fluxo de veículos na BR-116. Passageiros que compraram a passagem, mas não puderam realizar as viagens, diz a RTI, terão os valores dos bilhetes ressarcidos.
Os impedimentos na operação do Trensurb entre Canoas e o Vale do Sinos fizeram a Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan) colocar em ação, junto com as empresas do setor de transporte, um plano de escoamento dos passageiros do trem, com o uso de frota extra de 300 ônibus. “É praxe a cada vez que o eixo Norte do trem pára”, destacou o diretor-superintendente da Metroplan, Oscar Escher. Todavia, ele confirmou que a impossibilidade de trafegar pela BR-116 no trecho entre Esteio e Sapucaia prejudicou o serviço.
Ocupações não planejadas
Os alagamentos que atingiram Esteio, Sapucaia do Sul e Canoas e impossibilitaram o tráfego na BR-116, teriam correlação com a má gestão dos recursos hídricos na região. A opinião é do diretor-superintendente da Metroplan, Oscar Escher. “Há uma ocupação não planejada de territórios, um desrespeito às Àreas de Preservação Permanente na microbacia do Arroio Sapucaia, o que também nos levam a esses problemas”, defende ele, ao pontuar que o episódio negativo é didático. “Permeabilidade e fluídez das águas está diretamente associado a mobilidade”, destaca, ao lembrar que na última semana a Metroplan realizou seminário com gestores municipais, onde tratou da criação de um modelo único para auxiliar os municípios em relação à expansão territorial urbana.
BR-448 não é dique de contenção, diz Dnit
Segundo o engenheiro Carlos Adalberto Pitta Pinheiro, supervisor da unidade do Departamento Nacional de Infraestrutura do Transporte (Dnit), em São Leopoldo, não há retenção das águas no canteiro de obras da BR-448 (Rodovia do Parque) na região, o que, supostamente, poderia criar uma espécie de dique de contenção, impedindo o escoamento das águas da BR-116 ou mesmo causado o alagamento no trecho entre Sapucaia e Esteio. “Este montante de água está concentrado no lado direito da via, no sentido capital-interior, e nossas obras estão do outro lado, bem distantes”, resume ele. Contudo, garantiu que o Dnit irá fazer averiguações e confirmou que a retroescavadeira, usada para quebrar o canteiro central da BR-116, foi emprestado pela autarquia.
fonte: diário de canoas

Nenhum comentário:

Postar um comentário