24 de abril de 2013


Sogal propõe reajuste no preço da passagem e Prefeitura contesta

Para empresa, atuais R$ 2,60, pagos pelos usuários, não acompanham gastos




Tamires Souza

Canoas  - A tarifa de ônibus da cidade deveria ficar mais cara. Pelo menos este é o desejo da Sogal, concessionária do transporte coletivo no município, que defende o reajuste da passagem para 3 reais. A empresa argumenta que os atuais 2,60 reais, pagos pelos usuários, não acompanham os gastos da concessionária. A situação estaria relacionada com o prejuízo que a empresa teve nas contas em 2012, de 3,2 milhões de reais, conforme o proprietário da Sogal, Osório Biazus. “O cálculo da tarifa, realizado pela Prefeitura, foi feito de maneira errada. A tabela utilizada não confere com a nossa”, argumenta o gerente de Planejamento e Operações da Sogal, Flávio Caldasso. Ele comenta que o quadro de funcionários considerado pelo Executivo municipal, por exemplo, é menor do que o real, segundo ele. Para empresa de ônibus, um forma de não aumentar as passagens seria o fim das isenções nas tarifas, benefício que é concedido a idosos, pessoas com deficiência, estudantes e usuários que têm a segunda viagem gratuita em um intervalo de 90 minutos. A Prefeitura respondeu aos questionamento de Biazus por meio de nota, dizendo que os cálculos que resultaram na nova tarifa não têm erros e o valor estipulado contempla o reajuste do combustível e também o dissídio dos funcionários da Sogal no ano passado. Conforme o comunicado, não há possibilidades que alteração no valor da tarifa neste ano, apenas em 2013, quando haverá revisão da passagem.
Plano desonerou folha da Sogal
Ocálculo da passagem leva em conta gastos da concessionária de transporte coletivo, respeitando a planilha elaborada pelo Grupo de Estudos para Integração da Política de Transportes (Geipot) do município. Neste cálculo, o prefeito Jairo Jorge também levou em conta a desoneração da folha de pagamento dos funcionárias das concessionárias de transporte coletivo, trazida pela lei federal 12.715/2012. Em fevereiro, o prefeito relacionou a redução da tarifa com o benefício proporcionado pelo Plano Brasil Maior. Apesar da desoneração, a Sogal afirma que os gastos da empresa são maiores que os considerados pelo técnicos do Executivo e que não caberia a redução nas passagens, mas aumento.
Reunião para chegar ao valor
Além das informações levantadas pelo Grupo de Estudos para Integração da Política de Transportes (Geipot) o valor da passagem também é resultado de uma negociação entre a Prefeitura e a empresa do transporte coletivo. Negociação que não teria ocorrido, segundo o gerente de Planejamento e Operações da Sogal Flávio Caldasso. “Protocolamos um pedido de revisão da passagem, mas não tivemos posição. Não houve este diálogo.” A Prefeitura nega e informou através de nota que só entre março e abril foram feitas três reuniões com a empresa.

fonte: diário de canoas

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