15 de abril de 2013


Prefeitura lançará novo processo para construir metrô em Porto Alegre

Anunciada para tentar reduzir os custos, medida deve atrasar início das obras, que estava previsto para 2013

A prefeitura de Porto Alegre vai abrir nos próximos dias uma nova Proposta de Manifestação de Interesse (PMI) para que empresas apresentem seus projetos para o metrô da Capital. Com isso, as obras, com início previsto para este ano, devem sofrer atrasos. 

O anúncio foi feito nesta manhã no Paço Municipal. A decisão ocorreu porque, na PMI anterior, as duas propostas de projeto técnico do metrô tiveram de ser desconsideradas. O melhor dos dois projetos, do consórcio brasileiro Invepar/Odebrecht, foi descartado por apresentar um custo estimado em R$ 9,5 bilhões. Em 2010, projeto estava orçado em R$ 2,4 bilhões. 

As propostas das duas empresas concorrentes previam o modelo shield (conhecido como tatuzão), que tem menor impacto no trânsito por consistir na perfuração de um buraco logo abaixo da linha do solo, sem interferência na superfície. O projeto da empresa espanhola Brusten P.M. foi desclassificado por não seguir as orientações do processo.

Para baratear o custo do metrô, a prefeitura pedirá propostas em um segundo modelo: o cut and cover (cortar e cobrir), com escavações rentes ao solo, em trechos curtos por vez. No modelo anterior (shield), as escavações teriam profundidade de até 20 metros, devido às condições do solo em Porto Alegre.

A expectativa é de que projetos apresentados na nova PMI não ultrapassem o valor de R$ 3 bilhões. A desistência do modelo shield se deve a uma levantamento que mostra que o custo da obra não ficaria abaixo de R$ 7 bilhões. 

O secretário de Gestão e Acompanhamento, Urbano Schmitt, garante que o projeto não volta a estaca zero. Os estudos da PMI anterior serão aproveitados. 

— Estudos de viabilidade econômica e técnica poderão ser aproveitadas nessa nova PMI. Por isso, os prazos devem ser menores do que os anteriores. Esperamos ainda que, além destas duas, um número maior de empresas demonstre interesse em realizar os projetos — considerou Schmitt.

Presente na entrevista à imprensa, o governo estadual apoiou decisão da prefeitura. 

— É um passo a frente. Estamos preservando os recursos — afirmou João Motta, secretário estadual do Planejamento, Gestão e Participação Cidadã.

A prefeitura ainda não definiu os novos prazos. Inicialmente, a obra estava prevista para começar em 2013 e terminar em 2017, mas, com a mudança, esse prazo deverá ser estendido. 
fonte: zero hora

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