29 de agosto de 2013

Greve pode afetar funcionamento de bancos e ônibus nesta sexta-feira


Porto Alegre- A paralisação geral foi decidida em reunião realizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) com as centrais sindicais na última terça-feira

A paralisação decidida em assembleia na última terça-feira entre as centrais sindicais e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) será marcada por manifestações — que ocorrerão desde as primeiras horas da manhã — e por tentativas de suspensão de alguns serviços. No Dia Nacional de Mobilização e Luta, pelo menos os bancos poderão não funcionar e o transporte deverá sofrer atrasos em diversas linhas na Capital.
O Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região (SindBancários), que representa 12 mil trabalhadores, aprovou em assembleia a adesão ao movimento. Conforme a assessoria do sindicato, a paralisação será voluntária, mas diversos piquetes serão realizados para convencer os funcionários que resolverem trabalhar.
Ainda que tenha optado por manter o serviço de transporte funcionando normalmente ao longo do dia, o Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre pretende realizar uma grande manifestação às 5h30min em frente à rodoviária da Capital, o que poderá gerar atrasos no transporte público durante a manhã.

Luciano Odorizzi, da Comissão dos Funcionários da Carris, explica que os trabalhadores da empresa só irão decidir sobre a adesão ou não à greve na manhã desta sexta-feira:
— Algumas pessoas estão querendo parar, pois temos motivos para isso. Se a maioria decidir aderir à greve, acataremos a decisão.
Oposição ao grupo que comanda o Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre, Alceu Weber diz que os rodoviários estarão na rua nesta sexta-feira para lutar pelo Projeto de Lei do Senado 271/2008, de autoria do senador Paulo Paim (PT), que institui o Estatuto do Motorista Profissional. Weber afirma que, durante a manhã, será observada as condições de segurança para os motoristas trabalharem. Perguntado se a população deve ir às paradas de ônibus, ele lembrou que há obrigação para que seja mantido um percentual mínimo da frota em circulação.
— A população tem de compreender que é o dia do trabalhador ir para a rua — salientou Weber.
O Sindicato dos Metroviários do Rio Grande do Sul (Sindimetrô/RS) afirmou que apoia os atos, mas optou por não atender ao chamamento das centrais. A orientação é manter as atividades da Trensurb.
A paralisação geral foi decidida em reunião realizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) com as centrais sindicais na última terça-feira. Na pauta de reivindicações estão a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem a diminuição do salário, o fim do fator previdenciário, a destinação de 10% do PIB para educação, o transporte público de qualidade, entre outros. O presidente da CUT no Rio Grande do Sul, Claudir Nespolo, espera uma grande adesão das centrais sindicais.
Já para o presidente da Força Sindical no Estado, Cláudio Janta, a sexta-feira será um dia de mobilização e lutas, mas não de paralisação geral como ocorreu em julho. O recuo se deve à abertura do diálogo com o ministro Gilberto Carvalho, com relação ao fator previdenciário e às terceirizações, explicou Janta.
Estão marcados pelo menos dois grandes atos, que devem concentrar empregados de diferentes categorias. O primeiro ocorrerá a partir das 6h em frente à Rodoviária de Porto Alegre, e o segundo às 11h em frente à Expointer, onde acontece a abertura oficial da feira, com a presença de autoridades.
O sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) decidiu participar das atividades programadas — entre elas um ato público marcado para às 9h em frente à prefeitura — mas afirma que não irá paralisar. O mesmo será feito pelo Sindicato dos Comerciários de Porto Alegre (Sindec), que participará das mobilizações desde as 6h.
O Cpers/ Sindicato manterá a greve, iniciada na última sexta-feira, e realizará passeatas em diferentes pontos da cidade. Conforme a vice-presidente do sindicato, Neiva Lazzarotto, o Cpers têm obtido apoio de estudantes nas manifestações contra o ensino médio politécnico, e devem participar dos atos junto ao sindicato.
ZERO HORA

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