2 de janeiro de 2013

Aumento das passagens de POA podem não acontecer, ao invés disso, ela pode diminuir até 11 centavos


Uma ação cautelar do Ministério Público de Contas (MPC) solicitou que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) evite o aumento de preço nas tarifas de ônibus em Porto Alegre. Na sexta-feira, o diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Vanderlei Cappellari, e o prefeito, José Fortunati, foram notificados do teor do relatório de Inspeção Especial. Conforme o processo, cujo relator é o conselheiro Iradir Pietroski, a intenção é "verificar a consonância dos cálculos que resultam na fixação da tarifa de ônibus, com os princípios assentados na Carta Maior, notadamente os da legalidade, moralidade e eficiência". O relator determinou, ainda, que a EPTC preste informações ou tome providências em cinco dias úteis.
Entre os pontos contidos no relatório, está o questionamento à sistemática de cálculo utilizada para fixar a tarifa, que considera a frota total de ônibus, incluindo a frota reserva, e não apenas a frota operante. O teor da promoção cita o seguinte: "acaba por se diminuir artificialmente a produtividade do sistema, uma vez que pressupõe a rodagem simultânea dos veículos reservas e operantes (efetivos)".
— A utilização de frota reserva em Porto Alegre não é uma decisão de agora. É de 1995. Determinamos que as empresas tivessem frota reserva e lançamos mão dessa frota sempre que necessário. Quando a Carris parou, colocamos a frota reserva. Temos o melhor índice de cumprimento de viagens do Brasil, e acreditamos que a utilização da frota reserva melhora o serviço — diz Cappellari.
O diretor-presidente da EPTC, que definiu a notificação feita na sexta-feira como precipitada e que dificultou o poder público a dar respostas ao cidadão devido ao feriado, questionou outro apontamento do relatório, o que diz respeito à Lei Federal nº 12.715/2012, que inclui empresas de transporte coletivo de passageiros entre as beneficiadas com a redução da alíquota das contribuições previdenciárias sobre a folha de salários. Conforme Cappellari, tudo que está na lei será cumprido pela prefeitura, mas que o pedido é chegou cedo demais.
— A tarifa não aumenta da noite para o dia, tem todo um processo público, que a EPTC vai divulgar amplamente — disse Cappellari, ressaltando que a única mudança próxima é a de redução na tarifa, que pode chegar a 11 centavos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário