29 de janeiro de 2014

Com greve na Capital, ônibus clandestinos fazem transporte de passageiros

Serviço tornou-se a única alternativa de transporte para muitas pessoas que dependem do transporte público

Kelly Matost
kelly.matos@gruporbs.com.br
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Foto: Kelly Matos  / Rádio Gaúcha

Ônibus de turismo e vans estão aproveitando agreve geral dos rodoviários para lucrar com o transporte clandestino de passageiros no centro de Porto Alegre. Por R$ 3,00, veículos com ar-condicionado levam pessoas até os bairros mais distantes da Capital.
Rádio Gaúcha percorreu diversos pontos da cidade nesta quarta-feira (29) para ver os transtornos causados à população. Com as lotações cheias, e os táxis que não dão conta, muitas pessoas recorreram ao transporte clandestino como única alternativa de deslocamento. São ônibus e vans que circulam pela Capital, não são regularizados, mas atendem grande número de pessoas.
"Era a única forma de me deslocar" disse Luiza Rodrigues, que relatou não ter encontrado nenhuma dificuldade em encontrar o serviço clandestino no centro da cidade.
Funcionária de uma empresa de turismo, que não quis se identificar, disse à reportagem que o movimento está intenso em função da greve geral, definida ontem. "Está bem grande o movimento, tem bastante gente usando", afirmou, ao ressaltar que não há fiscalização sobre o serviço.
Estamos ajudando o povo, diz proprietário de empresa de turismo
Enoir Angel, dono de empresa de turismo que fazia o transporte de passageiros no centro da cidade, disse que está ajudando a população. "Não estava só eu trabalhando, várias empresas estavam trabalhando. Todo mundo ajudando o povo. Agora se não é para fazer, não fazemos, azar. Somos alternativa para o pessoal que fica empenhado sem transporte, pessoal que quer ir trabalhar e não tem transporte", disse.
O empresário ainda garantiu que os veículos têm seguro e que possuem autorização para trafegar em viagens de turismo. No entanto, confirmou que não tem permissão para o transporte urbano.
Greve dos rodoviários
A greve dos rodoviários foi aprovada pela categoria em assembleia na quinta-feira (23), com início na segunda. Apenas 436 ônibus entraram em circulação, o que corresponde a 30% da frota. No primeiro dia da greve, com os transtornos causados à população, a prefeitura de Porto Alegre chegou a permitir que linhas metropolitanas realizassem o embarque e o desembarque de passageiros na cidade. Mas a Metroplan, órgão do governo estadual responsável pelas linhas, não levou a proposta à frente.
O Sindicato dos Rodoviários, que chegou a ameaçar paralisação total em caso de aceitação da medida, seguiu com 30% da frota nas ruas. Na terça-feira, o Tribunal Regional do Trabalho determinou que as empresas de transporte colocassem pelo menos 70% de sua frota em circulação durante os horários de pico, com pagamento de multa de R$ 50 mil por dia em caso de descumprimento da decisão. Em assembleia, o Sindicato dos Rodoviários decidiu então pela paralisação total das atividades, o que vem causando transtornos à população que depende do transporte público.
fonte: rádio gaúcha

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