8 de agosto de 2014

Transporte público de Porto Alegre perdeu 2,5 milhões de usuários mensais em dez anos


Em contrapartida, a Capital ganhou mais 200 mil carros no mesmo período

 Faixa exclusiva na Avenida Brasil permitiu aos ônibus aumentarem em cinco vezes a velocidade<br /><b>Crédito: </b> Anselmo Cunha / PMPA / CP
Faixa exclusiva na Avenida Brasil permitiu aos ônibus aumentarem em cinco vezes a velocidade
Crédito: Anselmo Cunha / PMPA / CP
Há uma década, a Capital dos gaúchos tinha mensalmente 2,5 milhões de usuários a mais do que hoje. Nos últimos sete anos 200 mil carros a mais foram emplacados em Porto Alegre. A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), que em 2011 implantou a segunda passagem gratuita, passou agora a apostar nas faixas exclusivas para ônibus a fim de privilegiar o transporte público, mesmo que isso faça os congestionamentos de carros aumentarem.

No ano de 2004 a média mensal de usuários do transporte público da Capital era de 27,5 milhões. O total caiu para 25,6 milhões em 2007. Em 2011, ano da implantação gratuidade na segunda passagem, chegou a 27 milhões. A média do ano passado ficou em 26,8 milhões. Os dados são da EPTC. A média parcial de 2014, conforme o sindicato das empresas de ônibus é de 25,1 milhões, quase 2,5 milhões a menos que no início da década passada.

Nesse período a população de Porto Alegre cresceu pouco, passando de 1.416.363 habitantes para 1.467.816. Ainda assim, são quase 60 mil habitantes a mais, segundo estimativas populacionais do IBGE.

Dados do Detran confirmaram que o aumento do número de carros foi bem maior. Os números disponibilizados são a partir de 2007, quando a Capital tinha frota de 591.598 veículos. Hoje são 792.854, ou seja, 200 mil carros a mais nas ruas.

Faixa exclusiva na av. Brasil permitiu aos ônibus aumentarem em cinco vezes a velocidade

De acordo com o diretor-presidente da EPTC, os resultados das primeiras avaliações do uso do corredor exclusivo para ônibus estão acima da expectativa. Na avenida Brasil, onde a faixa começou a operar na segunda-feira, os coletivos que percorriam o trecho a uma velocidade média de 4,5km/h em horário de pico, passaram a trafegar a 25km/h, comemorou.

Caso se mantenha a expectativa, o tempo de viagem dos veículos de transporte coletivo deve ser reduzido em mais do que os 12 minutos esperados, disse. “A tendência é que a gente possa resgatar passageiros… que o suário do transporte tenha tempo adequado, viagens rápidas para que ele possa novamente ser atraído pelo transporte coletivo”, comentou.
fonte: correio do povo

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