Dez ônibus são apedrejados após decreto de greve geral em Porto Alegre
Coletivos foram recolhidos à garagem Sudeste com portas, vidros e para-brisas danificados
Mauricio Tonetto
Pacífica até o começo da noite desta terça-feira (28), a greve dos ônibus em Porto Alegre teve os primeiros registros de atos de vandalismo contra coletivos da Sudeste após o decreto de greve geral, feito pelo Sindicato dos Rodoviários no final da tarde. Conforme o chefe de segurança da garagem da empresa, ao menos dez veículos foram atacados durante o percurso entre a Estrada João de Oliveira Remião e o Centro:
– Os carros foram recolhidos com portas, vidros e para-brisas danificados. Por enquanto, não temos relatos de feridos. Faremos uma ocorrência policial na 15ª DP – disse Fabiano Santos.
Leia mais
Rodoviários decretam greve geral após reunião sem acordo em Porto Alegre
É uma "greve combinada", afirma Fortunati sobre paralisação
Declaração de Fortunati é falta de respeito, afirma líder de rodoviários
Passageiros se programam para enfrentar segundo dia de greve
Tire suas dúvidas sobre a greve dos rodoviários
Rodoviários decretam greve geral após reunião sem acordo em Porto Alegre
É uma "greve combinada", afirma Fortunati sobre paralisação
Declaração de Fortunati é falta de respeito, afirma líder de rodoviários
Passageiros se programam para enfrentar segundo dia de greve
Tire suas dúvidas sobre a greve dos rodoviários
O gerente-executivo da Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP), Luiz Mário Magalhães Sá, lamentou as depredações e pediu segurança aos funcionários:
– Os rodoviários decretaram a greve por conta e risco deles, tomaram uma atitude impensada. As empresas de ônibus estarão com as suas frotas e veículos abastecidos para cumprir a determinação do Tribunal, mas tendo em vista alguns atos de vandalismo, precisamos ter a confiança de que a segurança dos trabalhadores estará assegurada pela polícia.
Reunido com empresários, Ministério Público, Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e Justiça no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), o sindicato havia dito que ia cumprir a determinação judicial de colocar 70% da frota nas ruas durante o horário de pico (das 5h30min às 8h30min e das 17h30min às 20h30min). Pressionado pelos sindicalistas, porém, voltou atrás:
– Sinto muito, quem decide são os trabalhadores e nós acatamos. Não é uma afronta à coitada da juíza. O trabalhador decidiu e temos de atacar – afirmou o presidente do sindicato, Júlio Gamaliel.
Na tarde de hoje, a magistrada Ana Luiza Heineck Kruse decretou que 70% da frota deveria estar nas ruas durante os horários de pico, sob pena de multa diária de R$ 50 mil. A medida, em caráter liminar, atendia a uma solicitação da prefeitura da Capital. Júlio Gamaliel disse não ver problemas quanto à penalidade:
– Depois nós veremos como pagar.
Na audiência realizada no TRT, os membros do sindicato ouviram da desembargadora que a decisão é "para ser cumprida, não cabe lado".
– Eu estou determinando que assim será, não cabe lado, é para ser cumprida. Ordem do juiz se cumpre – frisou ela.
A greve
Os usuários de transporte coletivo em Porto Alegre enfrentaram, nesta terça-feira, o segundo dia de greve dos rodoviários. O único alento, em relação à segunda-feira, é que a frota reduzida, com 436 coletivos, saiu mais cedo para a rua. Às 7h30min, 30% dos ônibus estava na rua.
Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, o prefeito José Fortunati voltou a leventar suspeitas a respeito da mobilização pacífica realizada pelos rodoviários, que "no primeiro dia sequer mobilizaram piquetes em frente às empresas". Devido à falta de negociação entre trabalhadores e empresas de ônibus, a paralisação da categoria deve continuar por tempo indeterminado.
Os usuários de transporte coletivo em Porto Alegre enfrentaram, nesta terça-feira, o segundo dia de greve dos rodoviários. O único alento, em relação à segunda-feira, é que a frota reduzida, com 436 coletivos, saiu mais cedo para a rua. Às 7h30min, 30% dos ônibus estava na rua.
Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, o prefeito José Fortunati voltou a leventar suspeitas a respeito da mobilização pacífica realizada pelos rodoviários, que "no primeiro dia sequer mobilizaram piquetes em frente às empresas". Devido à falta de negociação entre trabalhadores e empresas de ônibus, a paralisação da categoria deve continuar por tempo indeterminado.
fonte: zero hora
Nenhum comentário:
Postar um comentário